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Anestesia em crianças: 13 dúvidas que todos pais têm

anestesia em crianças

A anestesia por si só é um tema que gera muitas dúvidas nas pessoas de forma geral, mas quando o assunto é anestesia em crianças, os pais são os maiores interessados e preocupados com o assunto. Muitos pais nos procuram querendo saber mais sobre o procedimento para se sentirem seguros e tranquilos.

Pensando em atender um número ainda maior de pais com dúvidas sobre anestesia em crianças, preparamos este conteúdo. Neste artigo, você vai encontrar as respostas para 13 dúvidas que todos os pais têm sobre a anestesia em crianças. Confira!

O que os pais querem saber sobre anestesia em crianças

Quando é necessário aplicar anestesia em crianças? 

Existem as situações comuns em que os adultos também são submetidos a anestesias, como procedimentos que causam desconforto, dor ou enjoos, mas também existem situações em que é preciso manter a criança imóvel.

Exames de ressonância magnética e tomografias, por exemplo, podem ser realizados sem sedação, mas dificilmente uma criança permanecerá na mesma posição durante todo o período. Por isso, nesse tipo de caso, a anestesia em crianças é o recomendado.

Existe diferença entre a anestesia em crianças e a anestesia em adultos?

  • Existem algumas diferenças. A dosagem, por exemplo, varia de acordo com as características do paciente (peso, idade, condição clínica), por isso crianças e adultos recebem quantidades diferentes de anestésicos. Outro fator que influencia é que a criança não tem condições de permanecer acordada durante uma cirurgia, por exemplo, diferente de um adulto. Por isso, mesmo que a criança só precise de uma anestesia local, para inibir a dor, ela vai receber uma dose de sedação ou de anestesia geral, mesmo que seja leve.

Quais são os tipos de anestésicos usados em crianças?

Os medicamentos utilizados em anestesias em crianças são os mesmos dos adultos. As diferenças estão na técnica e na dosagem. Por isso, a criança pode receber uma anestesia geral leve ou profunda, que influencia no tempo em que a criança vai dormir ou bloqueios locais para dor em regiões específicas. 

Como é a anestesia geral nas crianças?

A criança passa por uma consulta com o anestesiologista para avaliar e identificar fatores de risco de complicações e para orientar e esclarecer as dúvidas dos pais sobre o procedimento. No momento da cirurgia, a equipe faz um preparo lúdico com a criança, para tornar o procedimento mais fácil e tranquilo.

Em seguida, começa a indução anestésica inalatória, onde a criança vai respirar por uma máscara de gás anestésico e aos poucos vai adormecendo. 

A anestesia oferece riscos para as crianças?

O risco está associado com as condições do paciente e não com o anestésico em si. Por isso, a criança passa por uma avaliação com o anestesiologista, a fim de identificar qualquer fator que pode aumentar o risco de complicações. 

Além disso, a criança, assim como o adulto, também corre o risco de aspirar o conteúdo gástrico se não estiver em jejum adequado e, em casos mais raros, as reações alérgicas. 

Como é feito o teste para anestesia?

Muitos pais chegam ao consultório do médico anestesista questionando sobre o teste para anestesia, mas esse procedimento não existe. Não é feito nenhum teste para identificar alergias no paciente de qualquer idade. 

A avaliação pré-anestésica é um exame médico, onde o profissional conversa com o paciente ou, no caso das crianças, com seus pais, avalia o histórico e solicita exames quando necessários para a cirurgia. 

Como preparar a criança para receber a anestesia?

O psicológico da criança deve receber atenção total dos pais. Entre 1 e 5 anos, as crianças apresentam maiores níveis de ansiedade, que podem ser potencializadas se os pais não estiverem seguros e tranquilos. Durante todo o processo, desde a consulta com o anestesiologista, tudo é conduzido de forma lúdica, para tranquilizar a criança.

Quanto mais tranquilo for o processo para a criança, mais fácil será para os pais e menos traumatizante para o próprio paciente. Outro cuidado fundamental, nesse caso, para diminuir os riscos de complicações é o jejum. A criança deve fazer jejum de:

  • 2 horas de jejum para água, água de coco e chás;
  • 4 horas de jejum para leite materno;
  • 6 horas de jejum para fórmulas lácteas;
  • 8 horas de jejum para alimentos sólidos.

O jejum é importante porque os alimentos que ingerimos não entram nas vias respiratórias por causa dos nossos mecanismos de defesa que fecham a passagem. Assim, os alimentos vão para o estômago. No entanto, durante uma anestesia, perdemos esses mecanismos de defesa, o que pode causar vômito ou fazer com que o alimento vá para as vias respiratórias, causando complicações graves nos pulmões. 

Em casos de cirurgias de urgência, em que não é possível fazer o jejum, são usados outros métodos, que reduzem bastante o risco da aspiração dos alimentos. Além disso, ciente da condição, o cirurgião só vai indicar uma cirurgia se for realmente necessário.  

As medicações de uso regular dever ser suspensas?

Quem vai responder isso é o médico anestesiologista no momento da consulta. O profissional vai orientar sobre os medicamentos que devem ser suspensos ou mantidos antes da cirurgia. Medicamentos para asma, por exemplo, devem ser tomados até no dia da cirurgia mesmo em jejum, mas é o médico quem vai avaliar a necessidade.

Quanto tempo dura a anestesia?

A anestesia, em geral, dura o mesmo tempo que a cirurgia, assim o paciente acorda aos poucos após o procedimento.

O que é a sala de recuperação?

Muitos pais se preocupam quando são avisados de que o filho foi encaminhado para a sala de recuperação, mas não há motivos para isso. Depois da cirurgia, a criança é levada para a sala de Recuperação Pós-anestésica (RPA) para ser observada continuamente por uma equipe qualificada. Esse processo acontece para garantir que os efeitos da anestesia terminaram e tratar eventuais efeitos colaterais.

O que a criança vai sentir depois da anestesia?

O reflexo da anestesia no pós-operatório varia de acordo com a idade da criança, sua personalidade, o tipo de anestesia administrada e as condições de saúde do paciente. A maioria das crianças não sentem e não lembram de nada depois da cirurgia. Algumas crianças acordam querendo brincar e comer. 

Outras crianças podem apresentar irritação, agitação ou choro e, nesses casos, não é necessário aplicar nenhum tipo de medicamento. A equipe médica do local vai avaliar e indicar o que for necessário.  

O que as crianças podem beber e comer depois da cirurgia e anestesia?

Sempre que não houver nenhum tipo de restrição alimentar no pós-operatório, ofereça líquidos sem gordura, como chá, suco, água ou gelatina. Depois de 15 minutos, se a criança não apresentar náuseas ou vômitos, a criança pode voltar à sua dieta habitual. Mas sempre espere a criança sinalizar que está com fome. 

Por que a presença dos pais antes e depois da cirurgia é importante?

Com a presença dos pais as crianças se sentem mais seguras e calmas. Portanto, é fundamental que os pais estejam junto da criança antes do procedimento anestésico e assim que elas acordarem. Isso ajuda a diminuir a ansiedade nos pequenos e reduz os riscos de agitação ou alterações em seu comportamento ao despertarem da cirurgia.

Tem outras dúvidas e gostaria de conversar com um médico anestesista? Entre em contato com a nossa equipe.

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