Cerca de 20% da população brasileira é acometida por pedra na vesícula. A doença é caracterizada pelo desenvolvimento de pequenas pedras que vão se formando na vesícula biliar do paciente. O órgão é localizado na porção inferior ,do lado direito do fígado ,onde a bile se concentra. Nessa região, há também influência dos hormônios intestinais.
A formação dessas pedras costuma estimular uma crise de cólica frequente, enquanto elas permanecem no canal da vesícula . A dor é aliviada quando as pedras voltam para a vesícula ou vão parar no intestino. Para acabar com as dores, a cirurgia para retirada das pedras e da vesícula é o procedimento mais comum.
Neste artigo, vamos explicar melhor sobre o procedimento e qual tipo de anestesia é usada nessa cirurgia. Confira!
Como identificar a pedra na vesícula?
A pedra na vesícula nem sempre é fácil de ser identificada. Existem diversos casos que são assintomáticos e outros que provocam uma dor intensa no lado direito superior do abdômen. Essa dor irradia para a parte de cima da caixa torácica, para as costas, ou para as costelas.
Embora costume aparecer meia hora depois de uma refeição, quando a dor atinge um pico de intensidade, nem sempre o paciente reconhece o problema. A pessoa pode passar por algumas crises de dor intensa e não saber que se trata de pedra na vesícula. Além da dor, o paciente também pode sofrer com febre, náuseas e vômitos.
O que leva a um quadro de pedra na vesícula?
Alguns fatores causam alteração na composição da bile e acionam gatilhos para a formação de pedras na vesícula. Veja quais são esses fatores abaixo:
- alimentação com muita gordura, carboidratos e alimentos pobres em fibras;
- sedentarismo, pois eleva o LDL (colesterol ruim) e diminuir o HDL (colesterol bom);
- obesidade;
- hipertensão;
- tabagismo
- muito tempo utilizando anticoncepcionais;
- nível alto de estrogênio;
- predisposição genética.
Quando a doença é diagnosticada, o paciente pode passar por um tratamento à base de medicamentos que vão diluir o cálculo. Esse método, no entanto, pode ser adotado somente nos casos em que as pedras são formadas apenas por colesterol. Em outros casos, é necessário fazer uma cirurgia por laparoscopia.
Como é feita a cirurgia de pedra na vesícula?
A cirurgia para retirada das pedras e da vesícula é chamada colecistectomia. Assim que o diagnóstico de pedra na vesícula é feito, o médico já pode programar a cirurgia. O procedimento é bem rápido, dura em média 45 minutos, e a recuperação também é muito simples. O paciente precisa de apenas um ou dois dias de repouso, podendo retornar às suas atividades em até duas semanas.
Há casos também que a cirurgia é realizada com urgência, quando o paciente está apresentando crises recorrentes com dores intensas. Isso pode ser um sinal de que a vesícula está inflamada ou até apresentar uma infecção. Por isso, a cirurgia é realizada o mais breve possível para prevenir complicações.
A cirurgia de pedra na vesícula pode ser feita de duas formas
- Cirurgia com corte (cirurgia aberta) :é feita por meio de um corte maior no abdômen, por onde a vesícula é retirada. Nesse caso, a recuperação pode ser mais demorada e o paciente ficará com uma cicatriz visível na região.
- Cirurgia por laparoscopia ( por vídeo):: nesse procedimento, o paciente recebe quatro furos em seu abdômen. O médico vai usar esses orifícios para passar o material e uma pequena câmera. Assim, há menos manipulação e menos cortes. Esse tipo de cirurgia apresenta uma recuperação mais rápida, com menos dor e uma cicatriz menor também.
Qual tipo de anestesia é utilizada na cirurgia de pedra na vesícula?
Em qualquer uma das duas cirurgias, o paciente recebe anestesia geral. Antes da anestesia, o paciente precisa fazer um jejum de alimentos sólidos de pelo menos 8 horas. Além disso, tem todo o preparo anestésico, que envolve uma avaliação pré-operatória.
A consulta pré-anestésica é o momento em que é feita a avaliação do paciente para analisar sua condição de saúde, se usa ou não medicações e se há necessidade de solicitar exames complementares antes da realização da cirurgia.
Também é o momento em que conversamos sobre a técnica anestésica e esclarecemos todas as dúvidas em relação à anestesia.
O cirurgião também solicita exames pré-operatórios, como ultrassom de abdômen, por exemplo.
Todos os resultados desses exames devem ser apresentados ao médico anestesista, e ao médico cirurgião que realizará o procedimento.
Recomendações pré-cirúrgicas: cuidados antes da cirurgia
Antes da cirurgia, o paciente deve fazer alguns ajustes em sua rotina de medicamentos, alimentação e outras atividades. Veja algumas recomendações:
Verificar se há necessidade de interromper o uso de alguma medicação específica, juntamente com o médico que prescreve a medicação, e sempre avisar o cirurgião e o anestesista;
- pacientes diabéticos devem ajustar a dieta e os medicamentos para melhorar o controle glicêmico;
- reduzir ao máximo ou parar totalmente com o uso do cigarro, pelo menos um mês antes da cirurgia. Isso ajuda a evitar complicações pulmonares, garante uma boa oxigenação dos tecidos e uma cicatrização sem complicações;
- evitar alimentos e bebidas que possam causar irritação gástrica, como café e bebidas alcoólicas, e impedir as manifestações de gastrite ou úlceras dias antes da cirurgia.
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