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Dengue e anestesia: Entenda os riscos e cuidados necessários

A dengue, uma doença transmitida por mosquitos, continua sendo um desafio de saúde pública no Brasil. Com o aumento constante de casos, os profissionais de saúde, incluindo anestesiologistas, enfrentam uma crescente demanda para compreender os riscos e os cuidados necessários ao lidar com pacientes infectados pelo vírus.

Neste post blog, forneceremos informações sobre a relação entre dengue e anestesia, destacando a importância de uma abordagem cautelosa e bem-informada durante os procedimentos anestésicos.

Nos acompanhe até o final!

 

Diagnóstico e sintomas da dengue

Essa doença febril aguda pode se manifestar de maneira leve ou grave, dependendo de fatores como o tipo de vírus, infecções prévias por dengue e condições individuais, como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, por exemplo).

Para compreender melhor, o vírus da dengue, pertencente à família dos flavivírus e classificado como um arbovírus, é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti, existindo quatro sorotipos conhecidos: 1, 2, 3 e 4.

Os sintomas da dengue variam, incluindo febre, dor de cabeça, dores no corpo e náuseas, podendo até mesmo não apresentar sintomas. Manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e vômitos persistentes podem indicar dengue hemorrágica, uma condição grave que requer atenção médica imediata.

É fundamental buscar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças. Importante ressaltar que todos os sorotipos de dengue (1, 2, 3 e 4) têm potencial para causar formas assintomáticas, leves e graves, incluindo casos fatais. Essa avaliação detalhada é essencial para um tratamento adequado e seguro.

 

Administração de anestesia em pacientes com dengue

Ao abordar a administração de anestesia em pacientes com dengue, é essencial uma análise minuciosa para se adaptar às particularidades dessa condição. Neste contexto, destacamos estratégias específicas com base em orientações especializadas, visando compreender e ajustar-se às particularidades associadas à dengue durante procedimentos cirúrgicos.

Avaliação pré-operatória: entendendo a dengue de perto

Para garantir uma administração segura da anestesia, é fundamental realizar uma avaliação pré-operatória detalhada. Devemos considerar o estágio da doença, identificar possíveis sinais de alerta e avaliar a contagem de plaquetas. Essa análise cuidadosa nos permite compreender melhor os riscos envolvidos na intervenção cirúrgica, ajudando na tomada de decisões anestésicas.

Monitoramento contínuo

Durante a cirurgia em pacientes com dengue, é fundamental manter uma vigilância constante sobre indicadores vitais. Pressão arterial, frequência cardíaca, saturação de oxigênio e temperatura devem ser rigorosamente monitoradas, permitindo uma resposta imediata a quaisquer mudanças.

Gerenciamento hídrico adequado

A dengue pode afetar o volume de líquidos no corpo, tornando o gerenciamento adequado essencial. Estratégias adaptativas, conforme indicado pelas orientações, são fundamentais para evitar complicações relacionadas à quantidade inadequada ou excessiva de líquidos, levando em consideração a resposta individual do paciente à anestesia.

Controle da dor no pós-operatório

O controle da dor pós-operatória em pacientes com dengue exige uma abordagem personalizada. Analgésicos não opioides, evitando aqueles que possam impactar a coagulação sanguínea, são escolhas mais seguras. Medicamentos como a Dipirona podem ser preferidos, proporcionando alívio eficaz da dor sem acentuar riscos associados à condição viral.

A administração de anti-inflamatórios devem ser ponderadas com cuidado, considerando possíveis efeitos colaterais e interações medicamentosas. Doses precisas, baseadas nas necessidades individuais do paciente, são fundamentais para evitar complicações adicionais.

Além disso, a monitorização contínua dos sinais vitais durante a recuperação é essencial para garantir a segurança do paciente. Avaliações regulares da dor, combinadas com ajustes adequados na medicação, contribuem para uma recuperação tranquila.

Em casos de cirurgias eletivas e dengue

Quando se trata de cirurgias eletivas, a segurança do paciente é uma prioridade inegociável, por isso devem ser adiadas. Especialmente em regiões onde a dengue é uma preocupação constante, é crucial considerar o estado de saúde do paciente antes de prosseguir com qualquer procedimento.

Portanto, adiar cirurgias eletivas em pacientes diagnosticados com dengue é uma medida prudente e essencial para garantir sua segurança e bem-estar a longo prazo.

Conclusão

Ao finalizar o procedimento, a atenção pós-operatória é crucial. Monitorar continuamente durante a fase de recuperação ajuda a identificar precocemente sinais de complicações relacionadas à dengue. O manejo da dor pós-operatória, adaptado à condição viral do paciente, completa o ciclo de cuidados especializados.

Resumindo, a administração de anestesia em pacientes com dengue requer uma abordagem perspicaz e adaptativa, fundamentada em avaliações detalhadas. A compreensão das especificidades dessa condição viral e a implementação de precauções adequadas são essenciais para assegurar uma experiência cirúrgica segura e bem-sucedida para o paciente.

 

Esperamos que você tenha tirado suas dúvidas sobre a anestesia em pacientes com dengue. Se quiser saber mais, entre em contato com a gente.

Fonte: https://revistachilenadeanestesia.cl/consideraciones-anestesicas-en-el-paciente-con-enfermedad-por-virus-dengue/

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