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Anestesia e hipotireoidismo: quem tem pode ser anestesiado

Anestesia e hipotireoidismo: quem tem pode ser anestesiado

Você sabia que pacientes com hipotireoidismo têm alterações fisiológicas que podem afetar os cuidados anestésicos e os resultados durante a cirurgia? Isso se deve ao fato de que esta é uma doença que afeta a forma como o corpo funciona, pois o seu metabolismo está alterado. Por isso, anestesia e hipotirepoidismo devem ser analisados com cautela e com orientação.

Se você possui essa condição e irá precisar usar algum tipo de anestésico, confira este artigo e saiba quais recomendações você deve seguir. 

Conhecendo o hipotireoidismo 

O hipotireoidismo pode ser classificado como leve, moderado ou grave, da seguinte forma:

●Hipotireoidismo leve: níveis hormonais levemente alterados, conhecido como hipotireoidismo subclínico;

●Hipotireoidismo moderado: presença de alterações hormonais, mas sem a manifestação de sintomas complicados;

●Hipotireoidismo grave: sintomas clínicos graves, como alteração mental, líquido no coração ou insuficiência cardíaca, além de alterações hormonais.

Ao falar de anestesia e hipotireoidismo, é preciso compreender que o paciente que será submetido à cirurgia deverá estar estável, com níveis hormonais dentro da normalidade e sem sintomas. Isso se dá a partir do controle da doença com medicações adequadas. 

A anestesia e o hipotireoidismo grave têm um impacto maior no cuidado do que a doença leve ou bem tratada. Pacientes com hipotireoidismo moderado ou grave podem apresentar respostas exageradas a agentes anestésicos, sedativos e opióides, e parecem apresentar risco aumentado de complicações perioperatórias. 

Complicações anestésicas

● Anormalidades cardiovasculares podem levar à instabilidade circulatória durante a operação ou isquemia do músculo cardíaco, além de outros problemas circulatórios que podem prejudicar a saúde do paciente;

● Indivíduos com hipotireoidismo podem ter uma resposta diminuída a determinados anestésicos que comprimem o vaso, necessitando, assim, de doses maiores que as usuais. Dessa forma, os efeitos negativos da substância podem ser maiores;

● A apneia obstrutiva do sono é mais comum e deve ser suspeitada em pacientes com hipotireoidismo. Esta condição exige cuidados a mais com o sistema respiratório do paciente, pois ele está mais sujeito a problemas como insuficiência respiratória e diminuição da oxigenação durante a operação;

● Pessoas com hipotireoidismo são extremamente sensíveis aos efeitos de drogas que deprimem o impulso respiratório, como opióides e sedativos, devendo estas drogas serem administradas com cautela e cuidado;

● Pacientes com hipotireoidismo grave possuem risco de despertar tardio e podem necessitar de suporte ventilatório prolongado, visto que seu organismo processa as substâncias sedativas de maneira mais lenta do que o normal;

● Estes indivíduos, também, possuem risco aumentado de desenvolverem hipoglicemia, anemia e hipotermia após a cirurgia. 

O que muda na avaliação pré-anestésica?

A avaliação da anestesia e o hipotereoidismo sempre inclui um histórico médico e um exame físico focado na anestesia, incluindo o exame das vias aéreas (nariz, boca, língua, faringe, por exemplo). Os testes devem ser determinados pelo estado médico do paciente e pelo procedimento cirúrgico. 

Pacientes com doença controlada: para pacientes com doença tireoidiana conhecida e tratada, o estado clínico eutireoidiano deve ser confirmado durante a avaliação pré-anestésica. Pacientes que tomam uma dose estável de medicação para tireoide sem sintomas nos últimos três a seis meses não precisam de testes adicionais antes da cirurgia.

 Pacientes com função tireoidiana anormal: exames adicionais de função tireoidiana devem ser solicitados. A cirurgia eletiva deve ser adiada em pacientes com doença tireoidiana diagnosticada recentemente e naqueles que permanecem com hipotireoidismo grave, até que o tratamento resulte em um estado eutireoidano. 

Se houver necessidade de cirurgia de urgência ou emergência, os pacientes com hipotireoidismo grave ou hipertireoidismo devem receber tratamento de sua doença antes da cirurgia, conforme o tempo permitir, a fim de minimizar as complicações.

Uma glândula tireóide aumentada (bócio) pode causar dificuldade no manejo das vias aéreas. O médico anestesista deve ter cuidado com os métodos de proteção de vias aéreas como intubação, para evitar complicações. 

Cuidados pós-operatórios

A maioria dos pacientes é transferida para a sala de recuperação para recuperação anestésica, com critérios de monitorização e alta semelhantes aos pacientes que não possuem hipotireoidismo.

Tenho hipotireoidismo e vou me operar. O que fazer, agora?

Se você chegou até o fim deste artigo, observou que a anestesia e o hipotireoidismo não devem ser combinados sem a presença de profissionais experientes e de cuidados redobrados com os procedimentos anestésicos utilizados. Se você vai se operar, antes de tudo procure controlar a sua doença, aliviando os seus sintomas e normalizando as alterações hormonais. Este é o primeiro e principal passo para uma cirurgia segura.

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