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Procedimento cardíaco: anestesia para a cirurgia cardíaca

procedimento anestésico - cirurgia cardíaca

Muitos pacientes têm medo de procedimentos anestésicos, tanto quanto ficam incomodados com um avião. Para ir de um lugar a outro, a viagem se faz necessária e o medo precisa ser superado. A mesma analogia pode ser feita para um problema do coração, o qual a intervenção cirúrgica é a única chance de modificação da vida da pessoa. Assim, o medo da anestesia para cirurgia cardíaca precisa ser superado. Da mesma forma que na aviação, o planejamento é essencial para uma anestesia geral segura e eficaz. 

O manejo anestésico costuma ser bastante semelhante para diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos cardíacos, como cirurgia de revascularização do músculo do coração, reparo ou substituição de válvula cardíaca, cirurgia envolvendo a aorta, principal artéria deste órgão, transplante cardíaco e procedimentos para correção cirúrgica de defeitos do coração. Este artigo discutirá o que você precisa saber sobre a anestesia para cirurgia cardíaca.

Consulta Pré-anestésica

A consulta pré-anestésica envolve a avaliação dos riscos cardíacos e de saúde geral para identificar problemas que possam causar complicações durante e após a cirurgia cardíaca. O anestesista trabalha com o cardiologista e o cirurgião cardíaco para otimizar as condições médicas, desenvolver um plano de cuidados anestésicos, educar o paciente e a família sobre os cuidados anestésicos e aliviar a ansiedade do paciente. Vamos conversar um pouco sobre esses assuntos!

Pré-medicação: medicamento antes da anestesia

Alguns pacientes de cirurgia cardíaca se beneficiam da pré-medicação com pequenas doses de ansiolítico, um medicamento para ansiedade, administrado sob observação do anestesiologista, particularmente durante a colocação de cateteres intravasculares. É sempre importante que o médico tenha atenção ao tipo do paciente que ele está lidando, visto que a dose da substância não pode ser a mesma para todos eles. 

Procedimentos anestésicos

Antes da aplicação das drogas da anestesia, o paciente é totalmente monitorizado desde a sua oxigenação até a sua atividade cardíaca. Todo esse preparo é fundamental para a indução dos anestésicos. 

Objetivos da introdução anestésica 

A anestesia para cirurgia cardíaca objetiva produzir e manter a inconsciência, atenuar as respostas circulatórias à estimulação cirúrgica e prevenir ou tratar alterações no corpo que levam ao desequilíbrio de oxigênio no músculo cardíaco. 

Independentemente da técnica anestésica empregada, pode ocorrer queda da pressão após a indução da droga. Por isso, as doses devem ser bem administradas em pacientes cardíacos, para evitar essa complicação. 

Além da anestesia geral, um agente que bloqueia a ação neuromuscular, também, é administrado durante a indução. Isso é feito para permitir uma intubação tranquila ao paciente, evitando lesões do aparelho respiratório.

Para evitar infecções, o anestesista fica encarregado de administrar um antibiótico, normalmente, 1 hora antes do início da cirurgia. 

Anestesia durante a cirurgia

A manutenção da anestesia para cirurgia cardíaca, geralmente, é feita com uma substância inalatória e volátil ou com um agente intravenoso. Durante operações que necessitem de uma máquina para bombear o sangue do paciente, mais conhecida como CEC, circulação extracorpórea, várias etapas importantes devem ser concluídas, conforme observado em tópicos separados:

Anticoagulação sistêmica: um procedimento que objetiva evitar que o corpo forme coágulos que possam obstruir algum vaso;

Administração antifibrinolítica: a terapia antifibrinolítica profilática é normalmente administrada para diminuir o sangramento microvascular;

Canulação dos grandes vasos: para iniciar a CEC, são necessárias a canulação aórtica e venosa para desviar o sangue do paciente do coração e dos pulmões, com redirecionamento para o circuito extracorpóreo. 

Assim, as necessidades anestésicas variam consideravelmente durante os procedimentos cirúrgicos cardíacos. Dessa forma, ajustes diferentes da forma da utilização anestésica são necessários. Por exemplo, durante a incisão inicial para atravessar a caixa torácica, o qual é um momento de dor, o paciente pode precisar de mais anestesia do que durante os momentos de estimulação cardíaca  

Finalizando a cirurgia cardíaca

Durante o transporte para a unidade de terapia intensiva (UTI), o eletrocardiograma (ECG), a oximetria de pulso e a pressão arterial (PA) intra-arterial são monitorados continuamente, a fim de verificar a estabilidade do paciente até o local que ficará se recuperando.

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