Tipos de parto: qual a anestesia indicada para cada um
O nascimento do bebê é um momento único na vida das famílias, cercado de muitas expectativas e incertezas. Para as gestantes, a principal dúvida está relacionada aos tipos de parto e à dor sentida ao dar à luz. A boa notícia é que a anestesiologia atual permite que a mãe passe por essa experiência com o mínimo de dor possível e de forma bastante segura.
A chegada do bebê transforma a vida das pessoas e envolve muitos cuidados para que tudo corra bem. Preparar-se para esse momento com informação ajuda a diminuir a ansiedade. Entenda o que provoca a dor no parto e como a anestesia pode proporcionar o alívio.
Conheça os tipos de parto e entenda por que sentimos dor
Os principais tipos de parto são:
- Normal ou vaginal;
- Cesárea ou cirúrgico.
Cada tipo de parto tem suas peculiaridades e para ambos existem alternativas para o alívio da dor. E por que dói no parto? Vamos ver, a seguir.
O que causa dor no parto
O parto normal envolve uma série de movimentos no corpo da mulher. Cada pessoa experimenta sensações únicas nesse momento e a intensidade da dor varia. A tolerância de cada mulher para a dor é bastante individual.
A dor no parto normal é provocada por:
- Contrações dos músculos do útero para a expulsão do bebê;
- Pressão no colo do útero, na bexiga e nas vísceras de forma geral;
- Alongamento do canal vaginal para a passagem do bebê.
A forma como a mulher sente a contração é diferente para cada pessoa, e varia também de uma gravidez para outra. Costuma doer as costas na região lombar e também na parte baixa do abdômen. A pressão na pelve gera desconforto. Algumas gestantes comparam a uma forte cólica menstrual.
Como aliviar a dor no parto normal
No parto normal, geralmente é feita a analgesia de parto, que consiste na redução da sensibilidade à dor, sem prejudicar os movimentos da mulher e a progressão do trabalho de parto. A parturiente continua sentindo as contrações, porém, com a sensação dolorosa bem reduzida. A mulher pode solicitar a analgesia a qualquer tempo – independente da dilatação -, e a decisão é feita em conjunto entre a parturiente, o obstetra e o anestesista.
As mulheres costumam pedir alívio da dor por conta das contrações, e não necessariamente no momento da expulsão do bebê. As contrações são repetitivas e vão aumentando de duração e intensidade conforme o trabalho de parto evolui.
As técnicas mais utilizadas para analgesia de parto são:
- epidural (ou peridural)
- espinhal (raquidiana ou raquianestesia)
- combinada raqui-peridural
Também são utilizadas de forma menos comum as opções farmacológicas sistêmicas (opióides) ou não farmacológicas (como massagem, terapia na água, movimento e posicionamento livre da mulher, etc).
Como é feita a analgesia epidural: a mulher fica sentada ou deitada com as costas encurvadas para frente. Por meio de uma agulha fina, é inserido um cateter no espaço epidural, ou seja, entre a dura-máter e a superfície dos ossos, na coluna vertebral, sem atingir o líquor (líquido que envolve a medula espinhal).
Como é feita a anestesia espinhal: a aplicação é semelhante, mas neste caso, o anestésico atinge o líquor, o que resulta em bloqueio nervoso da cintura para baixo. No parto normal, é aplicado em doses baixas. Seu efeito é mais rápido.
Como é feita a técnica duplo bloqueio raqui-peridural: consiste na aplicação do anestésico no espaço subaracnoideo, ou seja, atinge o líquor, com a inserção de um cateter epidural para aplicar novas doses. Isso promove um grande alívio da dor, sem comprometer os movimentos da mulher.
Como eliminar a dor na cesárea
No caso da cesárea, por se tratar de uma cirurgia, a dor é consequência do procedimento operatório, que envolve incisões no ventre até chegar ao útero. É necessária a anestesia para a realização da operação.
Quando a cesárea é agendada, é importante que seja feita uma consulta prévia com o anestesista para que o profissional avalie as condições da paciente e preste todas as informações necessárias sobre o procedimento.
A forma de anestesia mais comum para a cesárea é a espinhal, raquidiana ou raquianestesia, no qual a mulher fica sem a sensibilidade dos membros inferiores, do umbigo para baixo.
As vantagens desse método são:
- tem ação rápida,
- pode ser usada uma quantidade baixa de anestésico,
- preserva a consciência,
- é bastante segura,
- tem analgesia prolongada pós-operatória.
A desvantagem apresentada pelas parturientes é a possibilidade de eventualmente ter uma forte dor de cabeça, mas esse sintoma vem sendo reduzido com o avanço das técnicas. Gostou das informações? Se tiver dúvidas, entre em contato com a gente.