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Náusea e vômito após anestesia geral: por que acontecem e como evitar?

nauseas e vomitos, porque isso ocorre após a anesteisa

Muitos pacientes relatam sentir náusea e vômito após anestesia geral. Essas sensações são bastante comuns e podem acometer entre 30% e 50% dos pacientes. Alguns motivos podem levar a esses sintomas, que podem ou não oferecer risco ao paciente. 

De qualquer forma, ninguém quer ter que lidar com essas sensações ruins. Seria possível evitar que esse tipo de sintoma se apresente? Neste artigo, você vai entender porque a náusea e vômito após anestesia geral acontecem e como evitar esses sintomas. Continue a leitura e confira!

Náusea e vômito após anestesia geral são comuns de acontecer?

A medicina avançou muito em técnicas para amenizar a dor e os sintomas decorrentes de alguns procedimentos. No entanto, as náuseas e vômitos após anestesia geral ainda são uma realidade para diversos pacientes.Em geral, acontecem por causa do uso de determinados fármacos com curta duração e novos antieméticos. 

Os pacientes mais sensíveis podem ter a alta hospitalar adiada por causa desses sintomas. Em geral, os riscos promovidos por esses sintomas não são graves, mas em alguns pacientes podem evoluir para situações em que o paciente sofre com aspiração pulmonar, desidratação e aumento da pressão intracraniana.

O que pode causar a sensação de náusea ou vômito depois que a anestesia for aplicada?

Quando o paciente recebe uma anestesia geral, o corpo pode sofrer uma queda de temperatura, que leva a tremores pelo corpo e soluço – alguns exemplos mais comuns. Os tremores surgem de forma involuntária e podem oscilar, buscando aumentar a produção de calor no corpo. 

Isso acontece como um mecanismo de defesa do corpo para impedir a queda de temperatura, ou seja, hipotermia. Esse tipo de reação pode acontecer depois de uma anestesia geral, mas não estão relacionados apenas com essa ação.

Existe um perfil de paciente que tem maior risco de apresentar náuseas e vômitos após receber anestesia geral?

Os procedimentos que mais causam reações de náuseas e vômito depois da anestesia geral são a cirurgia de vesícula biliar, cirurgias laparoscópicas e cirurgias ginecológicas. As reações acontecem porque exigem o uso de anestesia geral, levam mais tempo para serem realizadas e usam opióides no pós-operatório.

Além disso, outros aspectos podem influenciar, como a idade e o gênero do paciente, se é ou não fumante, histórico de náuseas e vômitos em cirurgias ou de vertigem relacionada com movimento.

O uso de anestésicos inalatórios, de óxido nitroso e a duração prolongada da anestesia geral, também ajudam a aumentar as chances de uma reação. No pós-operatório, o paciente pode ter náuseas caso faça uso de opióides, mas o número de casos é bem menor.

Principais fatores de risco:

  • maior incidência em crianças, o problema tende a ser reduzido em 10% a cada década vivida;
  • cada 30 minutos a mais no tempo cirúrgico aumenta o risco em 60%;
  • cirurgias intra-abdominais, laparoscópicas, ortopédicas, ginecológicas, plásticas, otorrinolaringológicas, de tireóide e mama têm maior risco;
    uso de anestésicos voláteis e óxido nitroso;
  • opióides no período intra e pós-operatório aumentam o risco.

Existe uma crença de que o paciente deve permanecer em repouso total pelas próximas 24 horas após a cirurgia. Isso evitaria náuseas, enjôo e a cefaleia pós-raquianestesia. No entanto, estudos já comprovaram que o repouso não previne esses sintomas, apenas ajuda a melhorá-los quando já estão instalados. 

Como evitar a náusea e vômito após anestesia geral?

É possível evitar que o paciente seja acometido com sintomas de náusea e vômito. Para isso, é preciso identificar quais são os pacientes de maior risco e tomar medidas para minimizar o tempo prolongado da anestesia. Além de reduzir o uso de opióides para o controle da dor.  

Outro procedimento que ajuda a evitar os sintomas de náuseas e vômito é a avaliação anestésica pré-operatória. O anestesista deve fazer uma triagem dos pacientes com maior risco de manifestar esses sintomas e definir uma programação anestésica com ajustes individuais. 

Enquanto isso, a equipe cirúrgica e de cuidados peri-operatórios deve se atentar aos fatores de risco dos pacientes. Aqueles que apresentam baixo risco não precisam de medicação de prevenção anti-emética. Veja outras medidas gerais que podem ser adotadas para reduzir os riscos de náuseas e vômito:

  • uso de bloqueios regionais ao invés de anestesia geral;
  • uso de anestésicos com menor potencial de provocar náuseas;
  • evitar o uso de óxido nitroso e anestésicos voláteis;
  • reduzir o uso de opióides no pós-operatório;
  • adotar a hidratação venosa adequada. 

Os pacientes identificados como de risco intermediário ou alto risco – quando apresentam dois ou mais fatores de risco – podem receber medicações antieméticas no início ou no fim da cirurgia. Por fim, identificar os pacientes com maior risco no pós-operatório vai ajudar a reduzir a ocorrência de eventos adversos e proporcionar uma recuperação mais rápida e confortável.

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