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Náusea e vômito no pós operatório (NVPO)

Náusea e vômito após anestesia geral: por que acontecem e como evitar?

Efeitos colaterais de procedimentos cirúrgicos são frequentes durante o pós-operatório. Dores, náuseas e vômitos são comuns.

Embora exista grande preocupação com prevenção de dor, vômitos no pós-operatório ocorrem em aproximadamente 30% dos pacientes. Náuseas e vômitos pós-operatórios devem ser prevenidos, pois acarretam complicações e desconforto nos pacientes.

De qualquer forma, ninguém quer sentir esse desconforto. Nesse artigo, você vai entender porque esses sintomas ocorrem e como evitá-los. Continue a leitura e confira!

Náuseas e vômitos no pós-operatório acontecem com frequência? 

Apesar dos avanços da medicina em técnicas para amenizar a dor após os procedimentos cirúrgicos, sintomas como náuseas e vômitos acontecem com frequência em alguns pacientes.

Esse tipo de ocorrência acaba por adiar a alta da sala de recuperação pós-anestésica ou mesmo a alta hospitalar. 

Em geral, os riscos promovidos pela presença de náuseas e vômitos no pós-operatório não são graves, mas em alguns casos pode causar desidratação, sangramentos, ruptura de pontos (suturas), broncoaspiração e outros.

Quando podem ocorrer náuseas e vômitos no pós-operatório?

Os riscos podem ser classificados em três categorias: associados ao próprio paciente, ao procedimento cirúrgico e ao tipo de anestesia realizada.

Fatores relacionados ao paciente 

O principal fator de risco identificado para NVPO é o gênero feminino.  Mulheres antes da puberdade, aparentemente, não apresentam aumento do risco de NVPO, o que sugere associação com fatores hormonais.

Outros fatores de risco são história prévia de enxaqueca, ansiedade pré-operatória, cinetose (enjoo com movimento) e de NVPO.

Já o tabagismo parece reduzir o risco. No entanto, evidências comprovam que a idade também seria fator de risco independente, já que há maior incidência em crianças acima de 3 anos, mas o risco diminui em 10% a cada década vivida.  

Fatores relacionados ao ato cirúrgico

Tempo cirúrgico é fator de risco independente para NVPO (cada 30 minutos a mais no tempo cirúrgico aumenta o risco em 60%).

O tipo de cirurgia é considerado importante fator de risco. Sabe-se que cirurgias intra-abdominais, laparoscópicas, ortopédicas, ginecológicas, plásticas, otorrinolaringológicas, cirurgias de tireóide e cirurgias de mama têm risco aumentado em relação a outros procedimentos.

Fatores relacionados à anestesia

Múltiplas variáveis relacionadas à anestesia foram associadas a maior risco de incidência de NVPO. O uso de anestésicos inalatórios aumenta sobremaneira o risco.

Está comprovado que opióides (usados no controle da dor) no período intra e pós-operatório aumentam risco de desenvolvimento de NVPO, principalmente se forem utilizadas doses mais altas dessa medicação.

  Outro fator de risco é se a anestesia foi geral em detrimento de outras formas, como sedação e bloqueio regional. 

Como prevenir a ocorrência de NVPO?

A partir da identificação de fatores de risco para o desenvolvimento de NVPO, pode-se definir a melhor estratégia com o intuito de quantificar a probabilidade de NVPO.

A avaliação pré-anestésica é o melhor momento para fazer uma triagem dos pacientes com maior risco de desenvolver NVPO e programar a anestesia com ajustes individuais e de acordo com cada procedimento a ser realizado.

Algumas medidas gerais que podem ser adotadas para reduzir a incidência de NVPO são:

-Evitar uso de anestésicos inalatórios;

– Usar bloqueios regionais preferencialmente e sempre que possível ao invés de anestesia geral;

– Usar outras medicações analgésicas no intuito de reduzir a utilização dos opióides;

– Hidratar o paciente de forma adequada;

– Usar medicações antieméticas profiláticas de acordo com os fatores de risco identificados; 

Estas abordagens podem reduzir desconforto e complicações após as cirurgias, proporcionando uma recuperação mais confortável, colaborando ainda com uma alta anestésica ou hospitalar mais rápida.

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