Anestesia é um assunto que causa muitas dúvidas nos pacientes. Principalmente quando envolve cirurgias complexas ou em áreas mais sensíveis do corpo, como os olhos. A anestesia para cirurgia oftalmológica, assim como qualquer outra, é um procedimento muito seguro e que oferece poucos riscos ao paciente.
Para que você se sinta mais seguro e confiante em sua cirurgia, neste conteúdo explicamos como é o procedimento da anestesia para cirurgia oftalmológica. Continue lendo o artigo, entenda melhor e acabe de uma vez por todas com as suas dúvidas.
Tipos de anestesia para cirurgia oftalmológica
O tipo de anestesia para cirurgia oftalmológica pode variar de acordo com o procedimento. A maioria das cirurgias na região dos olhos, no entanto, são feitas com anestesia local e bloqueios na região próxima ao olhos e em geral associado a sedação.
O uso da sedação tem o objetivo de controlar a ansiedade no paciente e diminuir a sua percepção sobre o que está acontecendo durante a cirurgia. Isso evitará que o paciente apresente algum pico de estresse durante o procedimento.
Há casos, mas menos frequentes, em que a anestesia geral pode ser aplicada. Normalmente, isso acontece com crianças e quando o paciente apresenta condições clínicas que contra indicam os bloqueios, alguns desses casos são:
- distúrbios de coagulação;
- quadros demenciais;
- distúrbios de consciência;
- baixos níveis de colaboração;
- recusa do paciente.
A anestesia geral também pode ser aplicada em pacientes que serão submetidos a procedimentos mais longos ou de maior porte, como aqueles diagnosticados com tumores intraoculares.
Utilizando a anestesia geral, os especialistas esperam atingir quatro objetivos principais, que são:
- controlar a dor totalmente;
- causar amnésia para que o paciente não lembre do procedimento;
- deixar o paciente inconsciente para que não consiga ver o que está acontecendo
- e imobilidade para garantir que o paciente não vai se mexer durante a cirurgia.
Para que esses objetivos sejam atingidos, alguns medicamentos são utilizados.
Como funciona cada procedimento anestésico?
Anestesia tópica (via oral)
Esse tipo de anestesia é usada em procedimentos ambulatoriais, exames, algumas retiradas de corpo estranho, cirurgias de catarata. Nesses casos, a sedação é importante para manter o paciente calmo e complementar o procedimento que vai inibir a sua sensibilidade.
Anestesia geral (local)
Mais comum em crianças, pacientes com distúrbios neurocomportamentais e cirurgias mais longas. Costuma ser associada com bloqueio e ajuda na composição dos medicamentos que serão usados no pós-operatório.
Bloqueios
Estão entre os tipos de anestesia mais utilizados em cirurgias oftalmológicas. Em geral, são usados em conjunto com alguma sedação para controlar o estresse operatório e a ansiedade no paciente.
A cirurgia ocular costuma causar tensão emocional nos pacientes e isso pode ser prejudicial para aqueles que sofrem de doenças cardíacas ou hipertensão arterial. Sendo assim, a sedação também ajuda a controlar reações que podem ser causadas por essas doenças.
Sedação
É um procedimento muito utilizado em procedimentos cirúrgicos, mas existem alguns tipos que devem ser escolhidos de acordo com o tipo de procedimento: leve, moderada ou profunda.
- Na sedação leve, o paciente continua consciente e responde quando é questionado, mas se mantém tranquilo e relaxado, sendo esse o mais utilizado para procedimentos oftalmológicos.
- Na sedação moderada, o paciente dorme e responde a estímulos dolorosos com facilidade, Na sedação profunda, o paciente dorme profundamente se houver controle de suas vias aéreas por meio de máscaras.
Embora seja um complemento para a anestesia local, a sedação não bloqueia totalmente os estímulos como a anestesia geral.
Qual é o papel do médico anestesista durante o procedimento cirúrgico?
O sucesso da cirurgia e da sedação dependem, principalmente, do apoio do anestesiologista, que vai manter a vigilância e vai monitorar o paciente cuidadosamente, zelando pelo seu conforto e segurança.
Além disso, o médico anestesiologista deve conhecer as condições clínicas do paciente. Por isso, a consulta pré-anestésica com esse profissional é fundamental. Durante essa conversa, o especialista vai fazer uma análise clínica e, a partir dessas informações, vai indicar o planejamento anestésico ideal para cada cenário.
A consulta com o anestesiologista é importante para orientar o paciente e ajuda a diminuir o seu nível de ansiedade. O especialista vai orientar o paciente sobre o uso ou suspensão de medicamentos controlados que podem interferir na cirurgia.
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